sábado, 18 de agosto de 2012
INTERPRETAÇÃO DA LONGA-METRAGEM
O MELHOR O PIOR E
ÚNICO!
Para este autor: "O excesso
de informação provoca amnésia” e Informação demais faz mal, quando não somos
capazes de lembrar o que aprendemos…
Comparamos, discutimos e analisamos, o filme Raia - Picota "vidas cruzadas" e numa adaptação ao autor “entendi que existiam duas
maneiras de encarar o que via” nesta longa-metragem.
A primeira era como um dos
piores filmes que alguém já viu, e a outra era como uma gigantesca e arrastada película,
que em alguns momentos descia ao nível zero do conhecimento para fazer
maravilhas.
Infelizmente, nenhum dos dois
ângulos correspondia à verdade de um aprendiz.
Os anos em que se desenrola toda
a história desde 1918 até 2005, dá na realidade margem para uma série de
reflexões e inserções interessantes, mas também fizemos questão de passar por
cima disso.
Aproveitamos o que foi escrito,
adicionamos e criamos algumas personagens, com motivações fantásticas, sem
conflitos e tão divertidas, que pareciam ter um sonho ao serem acordados por el-rei
Dom Sebastião às oito da manhã num domingo de nevoeiro.
Mas se os personagens, a
narrativa e o ritmo pareciam ter saído de uma escrita sem nexo, “ O Zé e o Quim”
personagens principais ganhavam força quando as descrições históricas entravam
em cena.
Tal como UMBERTO não se cansou
de dizer aos quatro ventos que estudou cerca de mil livros…
Também foram tantos os factos,
encontros, teorias… que a certo momento o plano que começava a falhar, ia fazendo
sentido dentro da cabeça de quem via e ouvia, até porque nos aproximávamos da
actualidade.
Foi a “brilhante” ideia de fazer
esta longa-metragem com um estilo diferente , e
se o autor do "Guião António da Silva Meireles " hoje fosse vivo até talvez pudesse ter outra interpretação, no entanto os
seus objectivos eram claros:
Deixar qualquer um que
estava ali para saber a história, curioso com a época em que nem todos tinham as mesmas oportunidades, e por outro lado ficar invisível querendo dar a conhecer os
tempos difíceis e de grande dificuldade, mas vividos com alegria.
Já Eco aparentemente só queria
mostrar somente a distância a que vai o próprio conhecimento, dele entende-se
que defende nos ensaios que compõe:
"Um texto ou imagem não
significa que todo ato de interpretação possa ter o final que se deseja e até pode
ser de maneiras diferentes"
Se as interpretações de um texto
podem ser infinitas, isto não significa que todas sejam negativas", e se não se
pode decidir quais são as "negativas", contudo é possível dizer quais são
as aceitáveis.
Este filme realizou-se com
talento, e sem tecnologia avançada ou grandes efeitos, fará isso um
sucesso a sua realização?
Lembramos e analisamos que o filme
sem investimento, tecnologia, não pode ser excelente, mas mostra a realidade de duas figuras e da freguesia de Novelas, e até poderá tornar-se um feito histórico pelo legado que num futuro passará ás novas gerações.
A verdade é que não dá para
emitir um parecer sem assistir ao filme.
Será cometer o erro do julgamento
precipitado, o que podemos dizer ou reflectir mesmo que ainda se consiga produzir
filmes com guião, personagens e propostas como na década de 50?
O filme passa uma mensagem relevante para os mais velhos nessa época passada e uma outra para os mais novos na época em que vivemos, trabalhamos
exactamente como á quase 50 anos.
O cinema não passou por nenhuma grande
mudança?
Era como se recuássemos a 1918 quando
nasceu José da Silva Ferreira, depois juntou-se o musical e as falas das
personagens da época para em 1932 nascer o Quim e criaram-se sucessivas
maravilhas na continuidade da história.
Os actores, apaixonados pelo que
faziam, com alguma insegurança sentiam uma mudança em relação ao trabalho
anterior.
No entanto a longa-metragem Raia – Picota vidas cruzadas depois de Um Acidente no Rio Sousa será que foram de facto filmes que valeram a pena?
Dizem que foi uma autêntica maravilha, já que
em 2007 assistir a um filme onde a fala é uma característica da época, as
cores não fazem falta.
É no entanto conveniente saber interpretar
e para ECO existem limites de interpretação, que deixam a pensar que
a interpretação sem limites não poderá ser bem interpretada.
O meu sincero obrigado amigo, valeu começar a ler este autor.
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