sexta-feira, 27 de abril de 2012

BIBLIOTECA MUNICIPAL

O Coronel Vasco Lourenço!


A Biblioteca Municipal de Penafiel convidou os Penafidelenses, para um encontro com o Coronel Vasco Lourenço, no âmbito das comemorações 25 de Abril.
Com apresentação a cargo do jornalista Francisco José Oliveira e um momento musical com cantigas de Abril por José Silva, o coronel começou por evocar o seu companheiro coronel Mário Alfredo Brandão Rodrigues dos Santos, falecido em Penafiel no passado dia 3 de Fevereiro de 2012, com 74 anos de idade.
Notou-se claramente uma das maiores dores, sentida pela separação de uma pessoa de valor de quem naturalmente admiramos e com dedicação à vida por uma causa justa na protecção ao mais elementar...
 A LIBERDADE!

O coronel Vasco Lourenço referiu que Spartacus é esperado pelo povo, para comandar os oprimidos na “Revolta dos Escravos”, e que o gladiador começa a perder o medo no coração da República “Romana”.
Rui Eduardo Pães, jornalista crítico de música e ensaísta, por sua vez descreve que ao longo destes 38 anos nos encontramos de tal forma embaraçados, que se nada fizermos, passaremos do cravo ao escravo, hoje manifestado e imposto sobre uma forma camuflada, a ditadura vê-se a querer brotar, sobrepondo-se a um povo ordeiros e manso, arrastando-o para a “Rebelião”.
Referiu-se que a mensagem  é clara e se não protestar-mos contra a precariedade, contra o desemprego, contra os atrasos nos pagamentos dos ordenados, contra a perda de direitos como trabalhador, contra os impostos, contra os cortes na cultura, contra as penhoras realizadas pelos bancos e pela Autoridade Tributária e Aduaneira às vítimas daquilo a que chamam «políticas de austeridade», contra o afundamento do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social, contra a grunhisse como sistema de pensamento, o mais que se pode ter é um punhado de nada.
O coronel Vasco Lourenço observou a falta de preocupação dos nossos governantes em terem colocado o poder numa situação embaraçosa, fazendo com que se viva 38 anos depois da revolução um momento crítico em termos da autonomia devidamente consagrada na Constituição.
 É tempo de nos interrogarmos onde se encontram os valores de Abril.
O 25 de Abril continua a valer sobretudo por aquilo que representa  e estes valores e ideias, mantêm-se actuais, colocando-nos em alerta permanente tal como fizeram os capitães de Abril à 38 anos.

Novelas, 27 de Abril de 2012

 
 

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