Depois de saudar o público, Rui Vaz Pinto director da Unicepe deu a palavra a José Silva que fez a apresentação do escritor Sampaio Bruno, autor escolhido para o dia, ficando as canções a cargo de Jorge Gomes da Silva.
Sampaio Bruno nasceu na cidade do Porto a 30 de Novembro de 1857, filho de Ana Albina Pereira Barroso e de José Pais de Sampaio.
Foi um autodidacta publicando a primeira carta num jornal da época, com apenas 14 anos.
Sampaio Bruno cresceu num meio dominado pelas ideias liberais. Assim caracterizou Joel Serrão o ambiente social em que aconteceu a sua formação intelectual.
Em 1890 tornava-se Republicano confesso, e fazia sair o primeiro número do jornal “A República Portuguesa”, que fora fundado por ele próprio e Joaquim Gomes de Macedo, de apoio ao partido republicano.

Destaquemos, de início, o traço intelectual mais marcante da personalidade do nosso autor: a sua liberdade de espírito que o levou a ser, como o pai, um libertário. O nome de Bruno, acrescentado ao da família foi inspirado no do grande filósofo italiano, Giordano, que morrera, em 1600, vítima da intolerância da Santa Inquisição. romana em face da liberdade de pensamento, conforme referido pelo apresentador.

A aura de Sampaio Bruno e de homens como este perdurarão para sempre neste Universo, apesar de encontramos em documentos de 1902 o mesmo tipo de "democracia" que os do Centenário querem fazer-nos comemorar!
  Subito, o dr. Affonso
Costa, dirigindo-se ao sr. José Sampaio, berrou-lhe: – Ah, seu canalha! e,
levantando a mão armada de um "box de ferro", assentou-lhe uma forte
pancada na cabeça. Logo, os indivíduos que acompanhavam o doutor, mettendo-se na contenda,
agarraram os dois, mas permittindo que o dr. Costa continuasse aggredindo
violentamente o sr. José Sampaio. (…)"Tudo isto não é estranho até porque na minha opinião, hoje similarmente alem de existir quem tente esquecer homens ímpares, por vezes até condicionados ou forçados, votados a um relativo esquecimento ou mesmo ao esquecimento, ainda à quem assista a tributos para galardoarem alguns, polichinelos; arcários; ou saltimbancos, onde o único problema reside em fazerem jogos com a causa pública.
No entanto são atitudes como estas; que retiram do esquecimento homens desta dimensão e que serão mantidas por todos aqueles que se preocupam; com um sem-futuro que cada vez mais se está a deteriorar; e lamentavelmente a ensinar.



























 



















































































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