quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
40 Horas do entrudo na Misericórdia de Arrifana de SousaAutoria: Doutora Paula Sofia Fernandes;
Para evitar os excessos carnavalescos e a perdição das almas, a Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, desde o séc. XVII, realizava a festividade das “40 Horas do Entrudo”, (representando as 40 horas que Cristo esteve no sepulcro) em que o Santíssimo estava exposto de noite e de dia, celebrando-se missas cantadas e pregando sermões para a salvação das almas!
Eis uma boa razão para rememorarmos esta tradição na conferência – 40 horas do Entrudo na Misericórdia de Arrifana de Sousa, da autoria de Paula Sofia Fernandes, levada a efeito no dia 25 de Fevereiro, pelas 15 horas, no auditório do Arquivo Municipal de Penafiel.
https://youtu.be/_zYvF_cLBtI
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
Ainda a Escola Cantina América Cardeal Rocha Melo
Muitas
pessoas, não fazem ideia, das “lutas” que foram preciso travar e o trabalho que
deu, para que fosse construída uma escola primária na nossa terra.
Quanta
das vezes para além da ajuda do estado, foi necessário juntar a dádiva de algum
benemérito da terra, como foi o caso da Escola-Cantina América Cardeal Rocha
Melo de Novelas.
Os
nossos avós que a viram crescer pedra a pedra, e no dia da sua inauguração
marcaram presença aplaudindo a conclusão deste sonho, suas almas vão chorarem,
ao saberem o futuro que a espera.
1940 - Escola já em funcionamento |
A
Escola sempre foi um símbolo de progresso cultural para estas gentes de
Novelas.
Aí,
gerações aprenderam a escrever pela primeira vez o seu nome, a realizarem as
suas primeiras contas e a resolverem os seus primeiros problemas.
Por
vezes os métodos utilizados do bofetão, das canadas e das palmatoadas, não
seriam os mais pedagógicos, mas eram os utilizados na época.
Ainda
hoje, quando por ela passo, lembra-me dos meus colegas de classe, das
brincadeiras e jogos como o pião, da bola, do saltar ao eixo, das corridas,
etc., que fazíamos no recreio e dos nossos professores (as).
Por
mais anos que passem por mim, e enquanto o camartelo da troyka não a deitar
abaixo, sempre lhe chamarei a minha escola, onde fiz o meu primeiro exame da
4.ª classe, testando os meus conhecimentos da minha aprendizagem.
Para
nossa desgraça, apareceu um grupo de seres, parecidos com pessoas e facilmente
identificados, porque ostentam na lapela do casaco a bandeirinha nacional (para
se disfarçarem de nacionalistas), e que são rotulados de troikyanos.
Sentados
à secretária nalgum gabinete na capital, preparam-se para passar a certidão de
óbito à nossa escola cantina.
No
futuro, os nossos meninos terão que se deslocar para mais longe, para iniciarem
a sua aprendizagem no campo das letras, quando tinham a nossa escola ali à porta.
É
mais um crime lesa pátria que vai ser cometido pelos troikyanos e por aqueles
que com eles acertam o seu diapasão da moda dos mega agrupamentos escolares.
Vamos
aguardar que os ventos mudem de rumo, e na nossa velhinha escola se recite de
novo Camões em “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”.
Arquitecto - Baltazar da Silva Castro |
À
memória e em gesto de agradecimento, estas pequenas linhas dedicadas a,
Baltazar da Silva Castro que foi o arquitecto que concebeu a Escola Cantina de Novelas.
Era
natural de Painzela, Cabeceiras de Basto, onde nasceu a 1 de Maio de 1891 no
seio de uma família de pequenos proprietários. Seus pais, José Joaquim da Silva
Castro e Ana da Silva Ramalho de Castro, apesar da modesta condição social,
investiram no futuro do filho que, com 25 anos, concluiu no Porto os cursos de
Engenharia Industrial, de Arquitetura, de Construções Civis, de Desenho
Histórico e o 4.º ano de Escultura Monumental, no Instituto Superior Industrial
e na Escola de Belas
Artes do Porto (1906-1919). Faleceu em Oliveira na Póvoa de Lanhoso no ano
de 1967.Um trabalho de Fernando Oliveira Penafiel Terranossa
http://penafielterranossa.blogspot.pt/2012_08_01_archive.html
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